LOS HINCHAS DE CORINTHIANS LLEGARON JUNTO A LOS FUTBOLISTAS |
EL PROGRAMA FANTASTICO, PUBLICO UNA ENTREVISTA AL SUPUESTO AUTOR DEL DISPARO DE LA BENGALA QUE MATÓ A KEVIN DURANTE EL PARTIDO QUE JUGARON SAN JOSE DE ORURO - BOLIVIA Y CORINTHIANS DE BRASIL.
LA ENTREVISTA PUBLICADA EN EL IDIOMA PORTUGUES, NO REVELA EL NOMBRE DEL SUPUESTO AUTOR.
Edição
do dia 24/02/2013
Menor
assume ter disparado
sinalizador
que matou boliviano
Fantástico
localizou corintiano que teria detonado o sinalizador responsável pela morte do
menino boliviano. Ele será apresentado na segunda à Justiça.
-
O
Fantástico localizou o torcedor corintiano que teria detonado o sinalizador
naval responsável pela morte do torcedor boliviano. Ele será apresentado nesta
segunda-feira à Justiça por orientação do advogado da torcida organizada
Gaviões da Fiel.
Sempre
ao lado da mãe, o jovem falou com exclusividade ao repórter Valmir Salaro.
Ele
tem 17 anos, é o terceiro dos seis filhos de uma família humilde. Quase quatro
dias depois da tragédia na Bolívia, o garoto está novamente ao lado da mãe. Ele
decidiu contar a versão dele para o que aconteceu na noite da última
quarta-feira. Como é menor de idade, não pode mostrar o rosto.
Repórter: O que
aconteceu?
Jovem:
Bom, naquele exato momento lá que o sinalizador disparou, nós estávamos
comemorando o gol. Eu trouxe o sinalizador na minha mochila, estava dentro de
uma sacola, eu fui acender, para mim, era como se fosse um igual aos outros. Eu
tirei a tampinha em cima, puxei a cordinha embaixo e não aconteceu nada. No
momento que eu fui puxar de novo, eu estava manuseando, não sabia como
manusear, puxei pela segunda vez e disparou, foi para a torcida boliviana.
Repórter: Você
fez mira pra atingir a torcida?
Jovem:
Não, não fiz nenhum tipo de mira. Estava apoiado na minha mão assim. Para mim
só ia acender e pronto, não sabia que o negócio ia sair voando assim ou algo
parecido.
Repórter: Você
viu quando acertou no menino?
Jovem:
Não, não. No intervalo do jogo, eu perguntei para os policiais lá se tinha
machucado alguém, os policiais falaram que estava tudo bem.
Mas
a torcida adversária indicava que algo grave tinha acontecido.
Jovem:
Começaram a gritar assassino, falou que nós íamos morrer. Eu perguntei para o
policial lá, ele falou: ‘Não, está tudo bem e o menino está bem’.
O
adolescente conta que esperou a partida terminar.
Jovem:
Quando acabou o jogo, nós fomos embora. Nós fomos lá para fora do estádio,
esperamos nosso ônibus chegar e embarcamos no ônibus. Só fui ter certeza que
ele morreu no ônibus mesmo, só na volta mesmo, que mostraram lá para mim,
começaram a falar, entraram na internet. Depois daquele momento, eu falei:
‘minha vida acabou, o que eu vou fazer?’ Eu matei uma criança de 14 anos de
idade.
Logo
depois do jogo, 12 torcedores brasileiros foram detidos. Mas o jovem que assume
ter feito o disparo não estava entre eles.
Jovem:
Eu fiquei sentado e os policiais começaram a prender o pessoal que estava lá,
mas eles não vieram em mim.
Repórter:
E você também não se apresentou como sendo o torcedor que fez o disparo?
Jovem:
Não, não porque eu fiquei com medo na hora mesmo de alguma coisa, eu fiquei com
medo, não sabia o que fazer, para mim o garoto não tinha morrido, eu pensei que
os meninos iam ser soltos no final do jogo.
Ele
diz que foi orientado por integrantes da Gaviões da Fiel a não procurar a
polícia, na Bolívia.
Jovem:
Eu perguntei opinião se eu podia me entregar lá para o pessoal no lugar dos
meninos. O pessoal me recomendou: ‘Não, é melhor não se entregar porque nós
estamos na Bolívia, você veio com a gente, você é nossa responsabilidade’.
Repórter: Você
está confessando que fez o disparo do sinalizador porque realmente você fez
isso ou para proteger alguém da torcida?
Jovem:
Não, não protegi ninguém não. Eu só quero assumir meu erro mesmo. Porque não é certo
as pessoas pagarem por uma coisa que não fizeram, se eu tivesse no lugar delas,
também não queria pagar com uma coisa que eu não fiz, ficar preso injustamente.
O
adolescente contou que faz parte da torcida organizada há dois anos e que não
conhecia os torcedores que ficaram presos.
Jovem:
Eu conheço eles de vista.
O
jovem diz que comprou o sinalizador naval na Rua 25 de março, área de comércio
popular em São Paulo.
Jovem:
Fui comprar uns jogos do videogame lá, eu vi um cara vendendo, eu falei: ‘vou
comprar um sinalizador para levar para o jogo’.
Para
ele, o sinalizador seria usado para chamar a atenção dos outros torcedores da
Gaviões.
Jovem:
Quis buscar um espaço, quis mostrar que eu que fiz aquilo lá, quis fazer uma
festa para o Corinthians. Eu amo o Corinthians.
O
advogado da torcida organizada Gaviões da Fiel diz que o adolescente vai ser
encaminhado à Justiça na tarde de segunda. “Ele vai ser apresentado juntamente
com a mãe dele, mas o juiz da vara Da Infância e Juventude provavelmente
aplicará algum tipo de medida sócio-educativa, nesse primeiro momento, e
entregará a guarda desse menor à mãe, que responsável e representante legal
dele”, afirmou o advogado Ricardo Cabral.
Segundo
a especialista em direito internacional Maristela Basso, os dois países têm
acordo de extradição, mas isso não se aplica a menores porque Brasil e Bolívia
seguem a convenção da ONU sobre os direitos da criança e do adolescente.
“Se
trata de uma criança, um menor para não dizer uma criança, e, portanto, ele é
submetido a uma legislação especial, tanto aqui quanto na Bolívia, muito
semelhante a legislação, protetiva da criança”, ressalta Basso.
O
jovem brasileiro pode ter que prestar serviços comunitários ou ficar apreendido por no máximo três anos.
Repórter: O que
você diria pra família do garoto?
Jovem:
Primeiramente, perdão mesmo. Não só para a família do Kevin, mas para a família
dos meninos que estão presos lá também.
A
mãe do jovem diz que, se o filho não se apresentasse como autor do disparo, ela
mesma o entregaria à polícia.
Mãe
do jovem: Ele sabe, ele me conhece, ele sabe que eu entregaria ele.
Repórter: Se a
senhora pudesse ter contato com a família desse garoto, o que a senhora diria
para a família?
Mãe
do jovem: Eu pediria perdão à mãe, eu sei a dor que ela está sentindo. Eu sei
que jamais, é uma coisa que mãe nenhuma perdoa, mas eu pediria.
Repórter: A
senhora perdoaria se a situação fosse ao contrário?
Mãe
do jovem: Eu acho que não.
Repórter: Como
você se sente agora?
Jovem: Eu me sinto a
pior pessoa do mundo. Não sei mais o que fazer da minha vida. Me arrependo
amargamente.